O autor é lord Maloch Brown, a tese dele é simples e conhecida: vivemos num mundo em que cada vez mais as redes de conhecimento e lealdade não são mais ligadas à identidade nacional ou à subordinação a um Estado.
Isso, pelo menos, no chamado Ocidente. Para o Leste do espectro geográfico, há a China e seu Estado de Segurança Econômica, buscando atuar internacionalmente para garantir a sustentação de sua economia nacional. Já a Rússia seria um clássico Estado de Segurança nacional. Malloch Brown prevê um mundo em que o êxito desses Estados será sua própria ruína, ao fazer emergir classes médias descontentes com a falta de liberdades políticas, ou teremos, de um lado,um mundo cada vez mais pós-estatal e, de outro, estados fortemente autoritários.
Belo panorama, de onde ele tira a conclusão de que necessitamos modernizar as regras internacionais para lidar com esse Admirável Mundo Novo; as antigas já não servem e o Brasil perde tempo catando votos para entrar no Conselho de Segurança da ONU (isso ele não diz, mas é a conclusão óbvia). Quando se vê como, ao fim das contas, os Estados nacionais, inclusive dos EUA ou da Grã-Bretanha, atuam para proteger o interesse de suas empresas e vigiar seus próprios cidadãos por razões de segurança, a análise de Malloch Brown deve ser lida com uma pitada de sal da desconfiança. Não descreve a coisa toda.
Você opina. O que ele diz, mesmo, está AQUI.
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Vou ler o lord aí, mas sempre fico com um pé atrás com tudo isso que fala de enfraquecimento dos estados. Parece uma música que toca quando as coisas tão confusas.
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